Receita Folar da Páscoa


No seguimento do post sobre a lenda do Folar da Páscoa, colocamos a nossa receita para que os amantes do pão se possam deliciar.

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INGREDIENTES

Farinha 5kg
Água
Sal 100g
Fermento 500g
Açúcar 1250g
Margarina 1250g
Limão 5un
Ovos 40
Leite Aproximadamente 150g por kg farinha

 

PREPARAÇÃO

Junte todos os ingredientes dentro da amassadeira espiral (à exceção do fermento) e amasse durante 5 minutos em 1ª velocidade e 15 minutos em 2ª velocidade. Aos 17 minutos totais de amassadura, adicione o fermento.

De seguida deixe repousar a massa durante 30 a 60 minutos. Faça empelos de 500g de massa e decore-os com ovos cozidos conforme dita a tradição da época. De seguida, coloque-os em tabuleiros de lona e leve à câmara de fermentação até atingirem o dobro do volume

Por último, pincele com ovo e leve ao forno elétrico a cozer entre 210 a 220º durante aproximadamente 30 minutos.

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Lenda da origem do Folar da Páscoa


O Folar da Páscoa é, tradicionalmente, o Pão da Páscoa em Portugal. É confecionado à base de água, sal, ovos e farinha de trigo. A sua forma, conteúdo e confeção varia consoante as regiões e respetivas receitas. Em alguns casos, o folar leva um ovo cozido com casca no topo do pão.

A origem do Folar da Páscoa é desconhecida mas conta a lenda que, numa aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, ambos jovens e belos. Então, a jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa.

Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe, como data limite, o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Mariana não sabia o que fazer.

Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi, muito aflita, avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre.

Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, ao que parece, sorriu-lhe.

No dia seguinte, Mariana foi colocar flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer mas, este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Mariana ficou, então, convencida de que tudo tinha sido obra de Santa Catarina.

Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, o afilhado costuma levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de batismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.

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