O pastel de nata é mesmo uma iguaria à escala mundial.
Agora são os franceses que decidiram fazer uma reportagem a algumas casas portuguesas, que diariamente fabricam para Portugal e para o mundo. Veja a reportagem em algumas casas portuguesas

A época natalícia está a chegar e com ela muitas iguarias da pastelaria. Rabanadas, pão de jamón, panetone e, como não podia deixar de ser, o rei da festa, o bolo-rei.
A indústria da panificação tem crescido e várias tipologias de bolo-rei tem sido criadas para responder às exigências dos consumidores e, também, para lhes fazer crescer água na boca.
De facto, a família do bolo-rei tem crescido…
É assim na feira Magusto 2014 na cidade de Fundão, o pastel de nata de castanha é o destaque da feira durante este fim de semana.
Idêntico ao pastel de nata, o pastel de castanha assume muitas similaridades. Massa folhada bem estaladiça, recheio com a fruta da época… delícia! Assim é o pastel de nata de castanha, uma agradável surpresa que promete conquistar um lugar de referência na pastelaria portuguesa. Parabéns à pastelaria Paris pela iniciativa.
UMA AGRADÁVEL SURPRESA, Rádio da Cova da Beira
“UMA AGRADÁVEL SURPRESA”
Pastel de Nata de Castanha. É uma das novidades do “Magusto 2014”, que decorre até domingo (2 Novembro), na freguesia de Fatela (~Fundão). para surpresa de muitos, o pastel com sabor a castanha apareceu em dois locais do certame: No “Ouriço” e no espaço de Rui Pacheco, junto à escola da aldeia.
Leia a notícia em http://www.rcb-radiocovadabeira.pt/pag/24392
Estela Poço é a responsável pela criação e pela confecção das “Bolachas da Guarda”, umas bolachas tradicionais do distrito da Guarda que têm forma de estrelas e de cristais de neve.
A massa da bolacha, que é composta por farinha de trigo, farinha de milho, manteiga, ovos, açúcar e limão, é amassada como o pão, é esticada com o rolo e depois é cortada com o cortador à escolha, que tanto podem ser luas, como estrelinhas, como cristais de neve, etc. Depois de cortadas, as bolachas vão ao forno, onde ficam a assar durante 15 minutos. O resultado final é, segundo a artesã, uma bolacha extremamente fina, crocante e muito pouco doce.
As “Bolachas da Guarda” começaram a ser fabricadas há cerca de 7 anos para colmatar a falta de um doce característico da cidade da Guarda que pudesse ser levado pelos visitantes da cidade.
No dia 10 de Junho, por ocasião das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, estas bolachas foram inseridas nos cabazes que foram oferecidos a 18 embaixadores.
As bolachas são vendidas em sacos de 100g e podem ser adquiridas no espaço Welcome Center (Posto de Turismo da Guarda, na Praça Velha), em feiras de artesanato da região e directamente na sua residência, mediante a encomenda através dos contactos disponíveis na página do facebook.
Pedro Ferreira, proprietário de uma pastelaria do centro da Lourinhã decidiu, há um ano e meio, à experiência, confeccionar uma receita antiga de farinha, amêndoa, açúcar, ovos, margarina, coco, leite e aguardente que completou com alguns segredos. No início deu a provar aos seus clientes mas rapidamente começou a comercializa-los, vendendo uma centena de pasteis por dia.
Surgiu assim o pastel de aguardente, cujo sabor da bebida e da amêndoa o tornam inconfundível.
“Não esperava que tivesse o impacto que teve. Há pessoas que não apreciam aguardente nem outras bebidas alcoólicas, sobretudo senhoras, mas gostam de comer um pastel de aguardente a acompanhar o café. De igual forma, quem conhece bem a aguardente vem também à procura do pastel” refere o pasteleiro.
Além de vender na sua pastelaria, Pedro Ferreira também recebe pedidos de encomendas a partir da internet de países como França e Alemanha.
Sílvia Baptista, também se deixou influenciar pela aguardente e criou duas marcas registadas de bombons de chocolate com recheio de aguardente, vendendo, hoje em dia, mais de uma dúzia de diferentes tipos.
Depois de dar a provar a amigos e familiares, começaram a surgir encomendas e, hoje, produz, por mês, cerca de meio milhar de bombons que têm sido muito bem recebidos pelos consumidores.
A aguardente da Lourinhã era vendida, nos últimos 200 anos, para o fabrico de Vinho do Porto e era escolhida como digestivo pelos consumidores, antes da liberalização do mercado dos vinhos e da entrada do ‘whisky’ nos mercados.
Em 1992, viu a sua qualidade reconhecida, com a publicação de legislação que veio criar a respectiva Região Demarcada e a Denominação de Origem Controlada, única em Portugal e terceira na Europa, a par do ‘cognac’ e do ‘armagnac’.
Açúcar | 6Kg | |
Margarina | 3Kg | |
Sal | 100g | |
Ovos | 60 un | |
Farinha | 7,5 Kg | |
Água | 2l | |
Fermento em pó | 250g | |
Leite | 1l | |
Farinha de arroz | 1Kg |
Coloque o açúcar, a margarina e o sal na batedeira planetária e misture na velocidade 3. Vá acrescentando os ovos pouco a pouco e aumente a velocidade durante 7 a 10 minutos, ficando com uma massa cremosa.
Diminua ligeiramente a velocidade e acrescente o leite e a água e continue a misturar. Junte as farinhas e o fermento e deixe bater apenas durante 5 minutos numa velocidade de 10 a 12.
Deixe repousar durante 1 hora. De seguida, misture manualmente a massa e coloque nas formas do bolo de arroz.
Leve ao forno elétrico a uma temperatura de 200 a 210 ºC durante cerca de 20 minutos.
A padaria e pastelaria portuguesas, tal como toda a nossa gastronomia, são um “tesouro” que devemos saber preservar, “aproveitar” e fazer crescer a nossa cultura, o nosso país!
Sugerimos a leitura deste pequeno excerto de um artigo publicado pelo Observatório de Imigração:
“As marcas portuguesas: Pastéis de nata de Roodt-sur-Syre e pão Saloio “made in Luxembourg”
Longe vão os tempos em que era preciso ir às mercearias para encontrar produtos portugueses. Hoje, as grandes superfícies e empresas do sector alimentar luxemburguês lutam por conquistar o “fiel consumidor”. Pastéis de nata feitos em Roodt-sur-Syre e o pão saloio “made in Luxembourg”, fazem parte do “comércio da saudade” que movimenta milhões de euros por ano.
Eram outros tempos. Quando Mili Tasch-Fernandes cá chegou, em 1967, o número de portugueses no Luxemburgo não chegava aos 5 mil. Para estes pioneiros, encontrar produtos nacionais era uma aventura e um desafio aos hábitos alimentares luxemburgueses.
“Não havia quase nada. Houve uma época em que os produtos portugueses se encontravam unicamente nas pequenas mercearias ou no supermercado Primavera. Eu lembro-me de ir ao Primavera aos domingos de manhã para comprar mercearias e legumes portugueses. Hoje já não é preciso: as grandes superfícies vendem praticamente tudo”.
Quarenta anos depois da chegada dos primeiros portugueses ao Grão-Ducado, as marcas da imigração estão por todo o lado: nos cafés e restaurantes, nas mercearias de bairro, nas prateleiras das grandes superfícies, a abarrotar de óleos Fula e conservas Bom Petisco.
“Basta olhar para as estatísticas demográficas. Há 80 mil portugueses no Luxemburgo, que representam entre 15 % e 20 % da população do país, e claro que querem encontrar as marcas que lhes são caras”.
Os campeões de vendas são “os vinhos e bebidas alcoólicas, as conservas de peixe (o atum Bom Petisco é dos mais fortes, temos vendas enormes), o arroz Caçarola, o óleo Fula, o azeite Galo, são tudo produtos com grande saída”.
Na padaria, encontra-se “pain portugais” made in Luxembourg e pastéis de nata importados de Portugal. “Vendemos 400 mil unidades por ano”, diz o responsável de compras do Cactus. “É a receita autêntica de Lisboa, importamo-los congelados de Rio Maior”.
E os campeões de vendas na doçaria portuguesa, “les natas”, como lhes chamam os luxemburgueses, já têm companhia.
“No ano passado, começámos a vender também bolos de arroz. Funcionou tão bem que vamos continuar, vendemos 100 mil num ano”.
O Auchan também importa pastéis de nata de Portugal. Vêm congelados da Auchan Portugal. Mas a popularidade deste ícone da doçaria lusitana é tão grande que já há quem os produza no Luxemburgo. Adeus pastéis de Belém, olá pastéis de Roodt-sur-Syre.”
Fonte: http://www.observatorioemigracao.secomunidades.pt/np4/1617.html
Foi em 1837, em Belém, próximo do Mosteiro dos Jerónimos, os clérigos do mosteiro puseram à venda numa loja uns pastéis de nata. Nessa época Belém ficava longe de Lisboa, sendo o acesso feito por barcos a vapor. Os turistas eram atraídos pelos monumentos Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém que facilmente se habituaram ao delicioso Pastel de Belém.
O mosteiro fechou a 1834 em sequência da revolução liberal de 1820. Assim, o pasteleiro do convento decidiu vender a receita ao empresário português vindo do Brasil Domingos Rafael Alves, e hoje continua na posse dos seus descendentes.
Os Pasteis de Belém foram postos à venda numa lojinha situada próximo do Mosteiro dos Jerónimos, onde rapidamente chegaram ao paladar de muitos dos visitantes, expandindo-se. Em 1837 inaugurou-se então a pastelaria “A antiga Confeitaria de Belém”.
E é aqui que se tem vindo a trabalhar sem interrupções desde então, produzindo cerca de 15.000 pastéis por dia.
A verdadeira receita que é apenas conhecida pelos verdadeiros mestres pasteleiros é fabricada na Oficina do Segredo sem alterações de receita.
Hoje, é possível comprar os Pasteis de Nata em todos os cafés de Portugal, hipermercados, na industria de pastelaria, mantendo-se os originais na pastelaria de Belém ( onde apenas estes se podem denominar como Pastel de Belém). Como um doce português, o pastel de nata é também bastante comum no Brasil.
É importante referir que Pastéis de Nata e Pastéis de Belém, embora sejam muito semelhantes e com um historial comum, são pastéis diferentes. O pastel de nata, como o nome indica, leva como ingrediente natas, enquanto que pastéis de Belém não possuem este ingrediente sendo confeccionado essencialmente com gemas de ovo e açúcar. Se provar os dois notará a diferença no sabor, embora o aspeto seja bastante semelhante.
É na Oficina do Segredo na Fábrica dos Pastéis de Belém que se guarda a antiga receita secreta da confecção e preparação dos verdadeiros pastéis de nata – os Pastéis de Belém. Os mestres pasteleiros da Oficina do Segredo são os poucos detentores da receita, assinam um termo de responsabilidade e fazem um juramento em como se comprometem a não divulgar a receita.
INGREDIENTES
Gemas | 18 | |
Claras de Ovo | 9 | |
Açúcar | 500g | |
Farinha | 650g | |
Fermento em pó | 10 | |
Aroma de Limão | 1 |
PREPARAÇÃO
Junte as gemas, as claras e o açúcar no balde da batedeira planetária e prepare um batido durante cerca de 15 minutos na velocidade 15 deixando emulsionar o preparado. Depois do batido preparado, junte os restantes ingredientes (farinha, sal e fermento) ao batido anterior e misture-os manualmente até que fiquem bem dissolvidos.
De seguida faça as formas de cavacas (cerca de 40 g por peça) e leve a cozer no forno elétrico à temperatura de 240ºC durante cerca de 6 minutos.
Fonte: http://www.gastronomias.com/
INGREDIENTES
Gemas | 30 |
Claras de Ovos | 6 |
Açúcar | 500g |
Farinha | 350g |
Sal | 10g |
Fermento | 10g |
Aroma de Baunilha | q.b. |
PREPARAÇÃO
Junte as gemas, os ovos o açúcar no balde da batedeira planetária e prepare um batido de 12 minutos na velocidade 15. Depois do batido preparado, junte os restantes ingredientes (farinha, sal e fermento) ao batido anterior e misture-os manualmente até que fiquem bem dissolvidos.
De seguida, coloque o batido em formas de pão-de-ló previamente cobertas com papel cavalinho.
Por último, leve a cozer ao forno elétrico a uma temperatura de 240º durante cerca de 35 minutos.
Experimente também o nosso Bolo de Gema (Cavaca)!