O setor de panificação brasileiro tem mãos portuguesas


Embora o artigo deste site tenhs alguns anos, demonstra e muito bem, a importância da comunidade portuguesa no setor de panificação brasileiro.

Os negócios vão passando de gerações em gerações, transformando-se e aperfeiçoando as suas atividades, à medida que o seu principal recurso também evolui: as pessoas.

A padaria está nas mãos e nos genes de quem a trabalha, de quem a faz crescer, seja em Portugal, no Brasil ou em qualquer outro ponto do mundo.

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Festival do Pão de Albergaria 2017


Nos passados dias 9, 10 e 11 de junho de 2017 realizou-se mais uma edição do Festival do Pão em Albergaria-a-Velha, Aveiro.

Quem teve a oportunidade de visitar este Festival sabe o que verdadeiramente aqui se respirava: pão português. Do Minho ao Algarve, passando pelas Ilhas, o Festival do Pão de Albergaria-a-Velha foi uma verdadeira mostra da padaria portuguesa com cerca de 50 produtores e expositores de pão. No recinto, os visitantes puderam apreciar e escolher o pão que preferem, que mais gostam. As regueifas à moda do Porto, o pão tradicional de Gimonde, o bolo do caco da Madeira, o pão saloio da região Oeste, o pão de Ul, o pão de água transversal a todo o país, o pão alentejano e outros tantos.

Um evento que conta com várias dinâmicas durante os três dias como show cookings, padaria ao vivo em trabalho direto para o público, workshops, percursos aos moinhos… Mas que, tendo em conta o reportório de fotografias e vídeos divulgados na página de facebook https://www.facebook.com/festivalpaodeportugal/ deveria apostar em demonstrações focalizadas no pão e não na cozinha à volta do pão: demonstrar como se fabrica o pão desde a farinha na amassadeira até à saída da massa no forno, da importância do repouso das massas, como se boleia um pão redondo ou uma bica, trabalhos que parecem simples mas apenas conhecidos por quem trabalha na padaria. Este deveria ser o foco de um festival de pão.

Porém, apesar desta perspetiva, o Festival do Pão é uma iniciativa que merece ser valorizada pois eleva o alimento que nunca falta na mesa dos portugueses.

Parabéns à Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha pela iniciativa e um bem haja a todos os que estiveram presentes neste evento.

Pão de Ul: um ícone da padaria portuguesa


Certamente já ouviram falar do Pão de Ul. Um dos típicos casos que alavanca o nome e imagem de uma pequena terra portuguesa que sem o apoio desta iguaria, seria  menos conhecida.

É um exemplo e caso de sucesso que deve ser analisado em toda a sua amplitude. O Pão, alimento do povo, quando valorizado e diferenciado, pode ser uma importante impulso para o setor turístico e gastronómico de uma região. Mas será que sabemos o que é o Pão de Ul? Ou melhor, conhecemos as Padas de Ul assim tão bem?

Vejam este vídeo efetuado pelo Porto Canal e publicado Freguesia de Ul:

Vejam este vídeo efetuado pelo Porto Canal e publicado Freguesia de Ul: https://www.facebook.com/photo.php?v=10151651220647856&set=vb.108784795887314&type=2&theater

 

Padaria portuguesa no seu melhor. Uma oportunidade


A padaria e pastelaria portuguesas, tal como toda a nossa gastronomia, são um “tesouro” que devemos saber preservar, “aproveitar” e fazer crescer a nossa cultura, o nosso país!

Sugerimos a leitura deste pequeno excerto de um artigo publicado pelo Observatório de Imigração:

“As marcas portuguesas: Pastéis de nata de Roodt-sur-Syre e pão Saloio “made in Luxembourg”

Longe vão os tempos em que era preciso ir às mercearias para encontrar produtos portugueses. Hoje, as grandes superfícies e empresas do sector alimentar luxemburguês lutam por conquistar o “fiel consumidor”. Pastéis de nata feitos em Roodt-sur-Syre e  o pão saloio “made in Luxembourg”, fazem parte do “comércio da saudade” que movimenta milhões de euros por ano.

 

Eram outros tempos. Quando Mili Tasch-Fernandes cá chegou, em 1967, o número de portugueses no Luxemburgo não chegava aos 5 mil. Para estes pioneiros, encontrar produtos nacionais era uma aventura e um desafio aos hábitos alimentares luxemburgueses.

“Não havia quase nada. Houve uma época em que os produtos portugueses se encontravam unicamente nas pequenas mercearias ou no supermercado Primavera. Eu lembro-me de ir ao Primavera aos domingos de manhã para comprar mercearias e legumes portugueses. Hoje já não é preciso: as grandes superfícies vendem praticamente tudo”.

Quarenta anos depois da chegada dos primeiros portugueses ao Grão-Ducado, as marcas da imigração estão por todo o lado: nos cafés e restaurantes, nas mercearias de bairro, nas prateleiras das grandes superfícies, a abarrotar de óleos Fula e conservas Bom Petisco.

“Basta olhar para as estatísticas demográficas. Há 80 mil portugueses no Luxemburgo, que representam entre 15 % e 20 % da população do país, e claro que querem encontrar as marcas que lhes são caras”.

Os campeões de vendas são “os vinhos e bebidas alcoólicas, as conservas de peixe (o atum Bom Petisco é dos mais fortes, temos vendas enormes), o arroz Caçarola, o óleo Fula, o azeite Galo, são tudo produtos com grande saída”.

Na padaria, encontra-se “pain portugais” made in Luxembourg e pastéis de nata importados de Portugal. “Vendemos 400 mil unidades por ano”, diz o responsável de compras do Cactus. “É a receita autêntica de Lisboa, importamo-los congelados de Rio Maior”.

E os campeões de vendas na doçaria portuguesa, “les natas”, como lhes chamam os luxemburgueses, já têm companhia.

“No ano passado, começámos a vender também bolos de arroz. Funcionou tão bem que vamos continuar, vendemos 100 mil num ano”.

O Auchan também importa pastéis de nata de Portugal. Vêm congelados da Auchan Portugal. Mas a popularidade deste ícone da doçaria lusitana é tão grande que já há quem os produza no Luxemburgo. Adeus pastéis de Belém, olá pastéis de Roodt-sur-Syre.”

Fonte: http://www.observatorioemigracao.secomunidades.pt/np4/1617.html