Pão Português chora a morte do seu papa


Vítor Moreira, conhecido por muitos como o “Papa do Pão” em Portugal, faleceu no passado dia 13 de Novembro.

Engenheiro químico de formação, Vítor Joaquim Moreira é um dos primórdios do pão português que muito influenciou a indústria e cultura de panificação portuguesa.

De Norte a Sul de Portugal, dos Açores à Madeira, o “Papa do Pão” interviu em centenas de casas, de fábricas e de receitas, sempre com o mesmo propósito: desenvolver a indústria e a profissão.

Na sua longa carreira como profissional, formador e orador, conta com um leque de experiências invejável que o elevaram à principal referência da Padaria em Portugal.

Sempre presente em quase todas as dinâmicas do setor, o Engenheiro Vítor Moreira foi o guia orientador e impulsionador de muitas indústrias e profissionais, contribuindo e criando novos produtos, novos pães.

Redator convidado em algumas revistas em Portugal como O Mundo da Padaria (já extinta) e a Padaria Portuguesa da ACIP, também foi autor fo livro “Guia Prático de Panificação” e participou no desenvolvimento do Cardapao… um poço de conhecimento da panificação portuguesa.

Vítor Moreira deixa um enorme tributo ao pão português e, certamente, será lembrado por todos aqueles que tiveram o prazer de o conhecer, de trabalhar com ele e de apreciar o seu trabalho, a sua paixão, como o “Papa do Pão Português”.

… por nós, também será recordado… pois sem a sua dedicação e trabalho na valorização da padaria, menos seria o “Receitas Padaria”. Até sempre!

image

Vítor Moreira - Papa do Pão Português

Advertisement

Receita de Pão de Mafra


Pão_de_mafra_6

Créditos da imagem: Pão Real. http://www.Paoreal.pt

INGREDIENTES

Farinha de Trigo 10Kg
Água 7l
Centeio Branco 500g
Sal 200g
Fermento 250g

PREPARAÇÃO

Junte a farinha, o sal, o centeio branco e a água (nas quantidades especificadas) dentro da Amassadeira Espiral e deixe amassar durante 20 minutos em 1ª velocidade e 5 minutos em 2ª velocidade.

No fim da 1ª velocidade adicione o fermento.

Depois de preparada, deixe repousar a massa durante 1 hora no estancador.

De seguida, faça empelos de 300g e deixe repousar durante 30 minutos.

Por fim, leve ao forno eléctrico a 220ºC durante 30 minutos.

Origem do pão alentejano


Marco da gastronomia portuguesa e base de muitos pratos típicos da província do Alentejo, o pão daquela região tem um sabor ácido, a côdea rija e sem brilho, e pode servir como uma entrada, uma refeição ou sobremesa.

pao alentejano

O pão alentejano é usado em açordas, ensopados, migas, bolos, fatias douradas, ou simplesmente para acompanhar uma qualquer refeição, para petiscar antes do prato principal com queijos, enchidos, azeitonas e até frutos secos e é uma das principais iguarias da gastronomia alentejana.

Mas qual a sua origem?

Numa região que durante décadas foi o “celeiro de Portugal”, o pão só podia ser farto e do melhor. Mas mesmo antes das planícies alentejanas se encheram de searas douradas já este alimento fazia parte do quotidiano das gentes do Alentejo, tornando-se naquilo que ainda é hoje: o pão nosso de cada dia. Reza a história que foram os romanos a intensificar a panificação na Península Ibérica, embora haja vestígios anteriores de um tipo de fermentação (a partir da espuma da cerveja) que fazia um pão diferente, mais leve e esponjoso. Com a ocupação moura em Portugal, a cultura alimentar muçulmana passou a fazer parte do ADN da gastronomia alentejana, influenciando até a forma de comer o pão. De facto, uma das mais antigas receitas muçulmanas – o tharid ou târida – já fala do pão mergulhado num caldo aromático e temperado com azeite, ao qual ainda se podia juntar carne ou vegetais. Tal qual as açordas ou o ensopado alentejano…

Açorda alentejana

Açorda alentejana

Já no final do século XIX, o fabrico do pão no Alentejo reflectia o estatuto social e económico de quem o consumia. Um texto da época revela que o pão de trigo – branco e ralo – era “respectivamente para amos e criados de portas adentro”, enquanto o de centeio “denominado macarrote” estava destinado aos “criados e malteses” e o pão de farelos de centeio, “as perruanas”, servia de alimento aos “os cães de gado”.

Consulte a nossa receita e faça você mesmo o seu pão alentejano!

Fonte: Lifecooler

Fonte: foto

O que é o fermento?


Muitos de nós já ouvimos falar “n vezes” de fermento. Mas será que saberemos realmente o que é? Quais os tipos de fermento existem?

Todos sabemos que o fermento é um produto muito utilizado na culinária, principalmente no fabrico de massas para pão e pastelaria. Mas o que é?

O fermento não é nada mais nada menos do que uma substância, orgânica ou inorgânica, que tem a propriedade de determinar a fermentação noutra substância, ou seja, faz crescer! É composto por fungos microscópicos (leveduras, Saccharomyces cerevisiae) que se alimentam de açúcar, libertando gás carbónico e álcool.
Quando a massa está em processo de cozedora no forno, as leveduras multiplicam-se, ingerindo o açúcar e o amido contido na farinha.

Existem 2 tipos de fermento:

  • biológico, composto por micro-organismos vivos, fungos, apelidado de leveduras
  • químico, constituído de bicarbonato de sódio e ácidos orgânicos. Quando estão em contato com a humidade, reagem à temperatura de 50ºC a 60ºC.

 

A principal diferença entre o fermento químico e biológico reside na sua composição.

No fermento químico, as reações de decomposição ocorrem quando o bicarbonato gera gás carbónico e água, fazendo com que a massa aumente de volume.

Esta reação é auxiliada pelo aumento de temperatura e só acaba depois de todo o fermento reagir.

Já o fermento biológico, para reagir necessita de glicose, que alimenta a levedura: o fungo ingere a glicose e o seu metabolismo transforma-a em gás carbónico e álcool, que expande com o calor.

Os fermentos químicos destinam-se a ser utilizados no preparo de pães especiais, broas, biscoitos, bolachas e outros produtos de padaria e confeitaria e são responsáveis pelo crescimento das massas. Este ocorre por uma reação química que acontece durante a cozedura.

Os fermentos biológicos são mais direcionados para o fabrico de massas de pães e pizzas.

unnamed

 

 

 

História do Pão de Queijo


Vagos Sensation Gourmet (19) Polvilho doce, leite, ovos e queijo são os ingredientes principais de uma receita muito conhecida no Brasil, o Pão de Queijo. É consumido a quase toda a hora no e tornou-se numa das principais “febres” dos empreendedores brasileiros.

Mas onde e como surgiu o Pão de Queijo?

Existem várias histórias para a origem do Pão de queijo. A mais conhecida relata o seu surgimento no século XVIII, em Minas Gerais. Paralela à época da escravidão, era costume nas fazendas mineiras servir os senhores com pão e café. No entanto, a farinha que chegava às fazendas não era de boa qualidade e, assim, as cozinheiras começaram a substituir a farinha por polvilho (fécula de mandioca). Como na época havia uma grande quantidade de sobras de queijo já endurecido, as cozinheiras começaram a ralar o queijo para as suas receitas, surgindo assim o pão de queijo mineiro.   Vagos Sensation Gourmet (39)   Os ingredientes deste delicioso pão eram todos integralmente produzidos nas fazendas e cozidos em fornos a lenha… sempre servido bem quentinho para que não endurecesse. Tornou-se, assim, parte da rotina dos mineiros comer-se depois das refeições em conjunto com o café. Com o passar dos tempos, espalhou-se pelo Brasil e, mais tarde, um pouco por todo o mundo, sendo, atualmente, exportado para Portugal, Estados Unidos, Itália e Japão.

E vocês apaixonados pelo pão, já alguma vez provaram pão de queijo ou faz parte da vossa rotina diária?

O que é e para que serve o melhorante?


Muitos de nós já ouvimos falar da palavra melhorante mas poucos sabemos o que é ao certo e como surgiu… O que sabemos ou que ouvimos dizer é que serve para melhorar a qualidade do fabrico de pão… É correto mas transmite-nos muito pouco.

O melhorante é, nada mais, nada menos, que um aditivo químico alimentar retirado da própria farinha para efeitos farmacêuticos e para melhorar a própria qualidade da farinha, ou seja, é um suplemento que advém da própria farinha.

É por isso que, atualmente, ouvimos dizer que a qualidade das farinhas de hoje é inferior às de antigamente. O aparecimento do melhorante é uma dessas razões.

Fruto da industrialização e de uma necessidade produtiva cada vez maior, o fabrico de pão é um processo mais célere, sem a espera e o descanso necessários (o chamado “repouso”) e obrigado a processos mais agressivos que obrigam sejam adicionados aditivos às massas. A criação e o desenvolvimento do melhorante é, acima de tudo, uma resposta às necessidades económicas e comerciais vigentes.

Atualmente, dado que as farinhas não têm a mesma força e riqueza que continham antigamente, torna-se necessário o uso de suplementos como o melhorante (assim como os fermentos) para alcançarmos os resultados que pretendemos.
Porém, convém ressalvar que o melhorante não é um ingrediente vital no fabrico de uma massa e do consequente pão, pois, adotando-se outros métodos de fabrico menos agressivos (um processo de amassadura mais lento, a adição de “massa velha” em substituição do fermento, maior tempo de repouso da massa, etc.), é possível aproximar-se aos resultados desejados..

Para melhor perceção do que é melhorante, descrevemos alguns dos seus benefícios:

  • Aumenta a capacidade de conservação das massas e dos próprios pães
  • Aumenta a preservação da frescura no pão
  • Melhora a capacidade de absorção da hidratação da massa
  • Melhora da cor e da textura dos pães
  • Melhora no processo de levedação

Esperamos ter dissipado as dúvidas existentes em torno deste tema.

Quantidade de fermento no pão


Na padaria  tradicionalmente portuguesa, a quantidade de fermento utilizada no fabrico de pão é, em média, de 2 a 3% da quantidade de farinha utilizada nas receitas. Ou seja, por cada quilograma, são acrescentadas 20 a 30 gramas de fermento.
fermento

Creme de pasteleiro: diferenças


Todos já ouvimos, vimos , provámos e utilizamos o creme de pasteleiro em imensas receitas e produtos, especialmente na vertente da pastelaria.
Contudo, de região em região, consoante os pastéis, o creme de pasteleiro vai variando. Quem ainda não viu um mil-folhas com o creme amarelo, branco ou ainda com chantilly?
De facto, as receitas são feitas pelos seus criadores, pasteleiros, e escolhidas pelos seus consumidores, todos nós! Por isso encontramos recheios, formatos e outras particularidades que distinguem cada pastél.
Os “típicos” ingredientes no fabrico do creme de pasteleiro amarelo são:
– 1 litro de leite
– 300 gramas de açúcar
– 80 gramas de maizena ou de amido
– 8 gemas de ovo
… preparados desta simples forma: coloque o leite a ferver e misture o açúcar e a maizena até obter a consistência desejada. De seguida acrescente as gemas de ovo.
E para o creme pasteleiro amarelo?
Basta não incluir as gemas na receita. Simples!

Receita de Pão de Cebola


INGREDIENTES

Farinha de Trigo 10Kg
Água 6l
Sal 200g
Fermento 200g
Melhorante 50g
Cebola 200g a 500g

 

PREPARAÇÃO

Junte a farinha, o sal, o melhorante e a água (nas quantidades especificadas) dentro da Amassadeira Espiral e deixe amassar durante 3 minutos em 1ª velocidade e cerca de 7 minutos em 2ª velocidade.

Entre os 7 e 10 minutos do tempo total de amassadura, acrescente o fermento e a cebola picada.

Depois de preparada, coloque a massa em cima da mesa e deixe repousar entre 5 a 10 minutos.

Faça empelos de 1,6Kg de massa e corte e enrole na Divisora Semiautomática.

Coloque-os em tabuleiros de persiana, polvilhe com farinha e leve à Câmara de Fermentação durante cerca de uma hora (mediante a temperatura e humidade existentes na estufa).

Finalmente, leve ao forno elétrico entre os 240 e 260 ºC durante 11 minutos.

Receita de Pão Normal (50g)


INGREDIENTES

Farinha de Trigo 10Kg
Água 6l
Sal 200g
Fermento 200g
Melhorante 100g

PREPARAÇÃO
Junte a farinha, o sal, o melhorante e a água (nas quantidades especificadas) na Amassadeira Espiral e deixe amassar durante 3 minutos em 1ª velocidade e cerca de 7 minutos em 2ª velocidade.
Entre os 7 e 10 minutos do tempo total de amassadura coloque o fermento.
Depois de preparada, coloque a massa em cima da mesa e deixe repousar entre 5 a 10 minutos.
Faça empelos de 1,6Kg de massa e corte e enrole na Divisora Semiautomática.

Coloque-os em tabuleiros de persiana, polvilhe com farinha e leve à Câmara de Fermentação durante cerca de uma hora (mediante a temperatura e humidade existentes na estufa).

Finalmente, leve ao forno elétrico entre os 240 e 260 ºC durante 11 minutos.

Veja também a receita do nosso Pão de Água!